A deputada Teresa Leitão, do PT, lamentou, nessa quinta (23/04), a forma como o Poder Executivo tem se comportado diante da greve dos professores da Rede Estadual de Ensino. A parlamentar ressaltou que o movimento grevista só acaba com o processo de negociação e espera que a Casa Civil receba a Comissão de Educação da Assembleia, acompanhada pelos líderes do Governo e da Oposição, para tratar do assunto.
Teresa Leitão denunciou a transferência de 15 professores de escolas de referência que participam da greve. Ela considera o ato ilegal, pois não se enquadraria nas hipóteses previstas no Estatuto do Magistério, que, segundo a deputada, só prevê remoção a pedido ou por interesse público.
A parlamentar também criticou o acirramento dos debates entre os deputados, em Plenário e na mídia. Ela destacou que a Casa já enfrentou situações mais sérias, sempre com respeito entre os colegas.
Em resposta às críticas, o deputado Tony Gel, do PMDB, disse que se houve radicalismo, é necessário investigar, porque essa não é, na sua visão, uma prática do Governo. Segundo ele, deve haver correntes no Sindicato que se contrapõem nesse processo, mas ressaltou que é preciso negociar e que o Executivo está disposto a isso.
Rodrigo Novaes, do PSD, afirmou que o Sintepe veiculou, nas redes sociais, material ofensivo a parlamentares governistas. Em sua opinião, essas informações estão distorcidas e os deputados da base teriam sido injustiçados. Ele ressaltou que é favorável à valorização profissional do magistério e se colocou à disposição para articular a negociação, caso os professores encerrem a greve.
O deputado Ângelo Ferreira, do PSB, considerou provocativo o pronunciamento de Teresa Leitão. Ele disse que não costuma se esconder para expressar suas opiniões e que há um serviço de informações da deputada em Sertânia. Para o parlamentar, a distorção das informações foi feita pelo Sintepe, ao divulgar cartazes denegrindo a imagem de deputados nas redes sociais.
Sílvio Costa Filho, do PTB, destacou o compromisso do Sintepe com as causas educacionais. O líder da Oposição defendeu o diálogo e ressaltou que entende o cenário nacional de dificuldades econômicas, mas disse que falta ao Governo definir prioridades em suas políticas públicas.
Edilson Silva, do PSOL, defendeu o Sintepe, afirmando que a direção da entidade está conduzindo as negociações com responsabilidade. Ele ressaltou que os governistas precisam dar respostas à insatisfação da categoria. Segundo o parlamentar, a legislação está sendo descumprida, uma vez que o piso salarial precisa ser atrelado a um plano de carreira para o magistério.
Teresa Leitão lamentou as acusações ao seu gabinete ou ao Sintepe de ter feito postagens anônimas nas redes sociais. Segundo ela, o Sindicato divulgou um cartaz assinado. De acordo com a parlamentar, a Lei de Responsabilidade Fiscal tem exceções para casos em que se atingiu o Limite Prudencial e, uma delas, é a data base.
Da Alepe.
