26/03/2014

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Assembléia concede Medalha Frei Caneca a Elzita Santa Cruz e Margarida Cantarelli

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Foto João Bita/Alepe
Duas mulheres com trajetórias de vida diferenciadas. Esse é o perfil das homenageadas deste ano com a Medalha do Mérito Democrático e Popular Frei Caneca, concedida, nesta quarta (26 de março), em Reunião Solene na Assembleia. Margarida Cantarelli, indicada pela deputada Terezinha Nunes, do PSDB, e Elzita Santa Cruz de Oliveira, pelo deputado Antônio Moraes, do PSDB, foram as agraciadas. 

A comenda é conferida a personalidades ou instituições com ações empreendidas em defesa dos valores da democracia e da igualdade dos direitos, postulados pela Revolução de 1817, que tem Frei Caneca como patrono. A medalha é concedida, anualmente, em comemoração à Data Magna de Pernambuco, em 6 de março. O dia é celebrado desde 2008, a partir de um projeto de Terezinha Nunes.

O deputado Isaltino Nascimento, do PSB, que presidiu a reunião, afirmou que a Casa Joaquim Nabuco cumprimenta as homenageadas pelo desempenho no campo jurídico e na luta pelos direitos humanos. Desembargadora aposentada do Tribunal Regional Federal da 5ª Região, Margarida Cantarelli foi a primeira mulher a presidir o órgão, em 2003. 

Depois de 14 anos na Corte, Margarida deixou o exemplo de uma conduta irreparável e de saber jurídico. A homenageada agradeceu a iniciativa da Casa, lembrando que a busca por justiça sempre impulsionou sua vida. 
Foto João Bita/Alepe
Segundo Terezinha Nunes, é com muita honra que a Assembleia concede a comenda à desembargadora que, com simplicidade e inteligência, sempre lutou em defesa dos ideais de liberdade.

Já Elzita Santa Cruz de Oliveira recebeu o reconhecimento da Casa Joaquim Nabuco pela coragem na busca do filho desaparecido durante a ditadura militar de 1964. Fernando Santa Cruz foi preso no Rio de Janeiro, em 1974, e jamais apareceu. O vereador de Olinda Marcelo Santa Cruz, filho de Elzita, agradeceu a medalha em nome da mãe. Ele salientou que a iniciativa da Assembleia é um símbolo contra a opressão e a falta de liberdade neste ano em que serão lembrados os 50 anos do Golpe Militar.

Para Antônio Moraes, Elzita é referência para todas as mães que perderam os filhos. O parlamentar ressaltou que a homenageada, mesmo com toda adversidade, manteve-se na luta incansável em busca de notícias sobre Fernando Santa Cruz.


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